Com um aumento de 0,11%, a cesta básica em Cuiabá encerrou a terceira semana de novembro com a terceira alta consecutiva, alcançando o valor de R$ 745,36. No entanto, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apesar dos recentes aumentos, o preço atual é 1,65% menor em comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 757,86, mantendo essa tendência pela segunda semana consecutiva.
José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, destaca a variação de preço menor em relação ao ano anterior, afirmando que "apesar do aumento nesta semana, considerado baixo, a cesta se mantém com valor menor no comparativo anual pela segunda semana consecutiva, o que favorece o consumo a longo prazo e oferece uma perspectiva melhor para o custo de vida das famílias na capital".
Dos 13 itens que compõem a cesta, apenas 4 apresentam preços mais elevados atualmente em comparação com o mesmo período do ano passado, com as maiores quedas registradas no óleo de soja (-19,37%) e na batata (-12,78%). Entre os aumentos, o arroz lidera com uma alta de 42,82%, seguido pela manteiga com 34,70%.
O levantamento do IPF-MT também revela que os itens que apresentaram as maiores variações na semana foram a batata (6,93%), a banana (-5,40%) e o café (-3,75%), sendo os dois últimos incluídos entre os cinco itens que registraram queda.
Igor Cunha, superintendente da Fecomércio-MT, aponta que as oscilações são influenciadas por fatores climáticos e pelo mercado internacional. Destaca que "o café volta a ser destaque, com variações atreladas ao clima e ao mercado exterior, assim como o clima tem peso nas variações tanto da batata quanto da banana, sendo o fator de maior impacto nos hortifrútis pesquisados".
A batata, cujo preço médio atingiu R$ 5,62/kg nesta semana, apresenta alta devido à menor oferta, ocasionada pela incidência de chuvas nas regiões produtoras, afetando a colheita e contribuindo para o aumento de seu preço.
No caso da banana, que alcançou o preço médio de R$ 9,54/kg nesta semana, a queda pode ser atribuída a um aumento na oferta nas regiões produtoras, também influenciado por condições climáticas favoráveis. Igor Cunha explica que "onde há temperatura mais alta e menos chuvas, a tendência é favorecer a produção, como observado em algumas regiões do país". Na semana anterior, o fruto registrava um valor superior a R$ 10.
Quanto ao café, que atingiu o valor médio de R$ 16,92/500g nesta semana, após uma forte alta de 12,64% em seu preço na semana anterior, a queda pode estar relacionada à dinâmica de comercialização no mercado internacional, além do impacto climático e das perspectivas do mercado diante desse cenário.
Fonte: Da Redação
Data: 19/11/2023 - 11:32